Tuéris
Pelo seu papel protetivo, espalhou-se com o comércio e entrou na iconografia da Civilização Minoica de Creta, onde foi preservada a sua forma, apesar da alteração do seu papel como deusa da água. Às vezes foi associada a Ísis, por exemplo nalguns cipos da Época Baixa (r. 664–332 a.C.), embora a conexão não seja sempre clara.
Também foi associada a Hator, cuja peruca compartilhou. Na vinheta acompanhado o capítulo 186 do Livro dos Mortos no Papiro de Anhai, está ao lado da vaca Hator e parece estar identificada diretamente a ela, pois apenas Hator é citada no encantamento.
Uma estela do Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque mostra-a ofercendo diante de uma imagem de Mute (às vezes visto como uma forma de Hator) com Tie, esposa de Amenófis III, que parece ter-se associado a Tuéris por alguma razão.
Em decorrência da associação do hipopótamo macho com Set, foi chamada de concubina de Set, que, segundo Plutarco, tornou-se uma das seguidoras de Hórus na disputa pelo trono. Também foi dito que era esposa de Bes.
Sua iconografia é composta pela cabeça de hipopótamo, as pernas e braços de leão, a cauda de crocodilo, seios humanos descaídos e a barriga de grávida. Geralmente usa uma peruca feminina que pode ser encimada por uma touca emplumada, um módio, ou com chifres e disco solar. É geralmente exibida com boca aberta ou lábios puxados para trás e mostrando os dentes numa careta que talvez enfatize a sua função protetora.
Os seus principais atributos são o símbolo de proteção, o símbolo ankh da vida, e a tocha, cuja chama visava tanto dissipar as trevas quanto as forças inimigas. Geralmente, o símbolo sa é o maior desses atributos e é colocado no chão diante dela que repousa uma ou ambas as patas sobre ele.
Variantes dela incluem formas da deusa com a cabeça de um gato ou de uma mulher humana, como visto numa jarra de madeira entalhada na sua forma (ou de Ipete), mas com perfil da rainha Tie. Uma pequena figura de faiança (provavelmente uma cópia de um objeto da XVIII dinastia) é conhecida de uma data muito posterior - ptolemaica - que segue esta mesma forma, mas com as características faciais mais pronunciadas do Período de Amarna.
Em textos mágicos, a deusa pode ser referida como reret ou sou, benigna e protetora da criança Hórus, e assim invocada em favor de crianças envenenadas por picadas de escorpiões.
Cônjuge
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