Mihos

 



Maahes (também chamado de Mihos, Miysis, Mios, Maihes, e Mahes) foi uma antiga divindade egípcia da guerra, que possuía uma cabeça de leão, cujo nome significa "aquele que é verdadeiro ao lado dela". Era visto como um príncipe leão, filho da deusa Bastet no Baixo Egito e da deusa Sekhmet no Alto Egito, e partilhava de suas naturezas; já seu pai variava de acordo com a principal divindade masculina da época e da região em que foi venerado. Era uma divindade associada com a guerra e o tempo, e era considerada a protetora da matrilinealidade e dos altos sacerdotes de Amom, assim como das facas, do lótus, e do canibalismo ritual. O seu culto estava centrado nas cidades de Taremu e Per-Bast.

É mencionado pela primeira vez no Reino Novo, e alguns egiptólogos sugeriram que Mihos teria origem estrangeira; de fato existem evidências de que ele teria sido um equivalente egípcio do deus-leão Apedemaque, venerado na Núbia e no deserto do oeste egípcio.

Como um deus-leão e patrono, era considerado filho de Rá e Bastet, a deusa-leoa da guerra, padroeira do Baixo Egito, ou de Sekhmet, a deusa-leoa da guerra, padroeira do Alto Egito. Como seu culto estava centrado em Per-Bast (Bubástis em grego ou Taremu (Leontópolis em grego), era mais costumeiramente conhecido como sendo filho de Bastet. Como divindade tutelar do Egito, a principal divindade masculina de cada período era considerada como sendo seu pai - ou Ptá, ou Ra, que acabou sendo incorporado com Atum em Atum-Ra. Em seu papel de filho de Rá, Mihos lutava contra a serpente Apep durante a viagem noturna de Rá.

Consideradas como possuidoras de atributos poderosos, as divindades felinas estavam associadas aos faraós, e tornaram-se padroeiras do Egito. O hieróglifo correspondente à palavra "leão" era utilizado em palavras como "príncipe", "força" e "poder".

Mihos era retratado como um homem com cabeça de leão, ocasionalmente segurando uma faca e vestindo a coroa dupla do egípcio, ou a coroa atef. Por vezes Mihos era identificado com Nefertem e era mostrado com um buquê de flores-de-lótus perto de si, e por outras vezes como um leão a devorar um cativo.

Leões domados eram mantidos num templo dedicado a Mihos em Taremu, onde Bastet e Sekhmet eram veneradas; seu templo era adjacente ao de Bastet. O historiador grego Eliano escreveu: "No Egito veneram leões, e há uma cidade batizada em sua homenagem. (…) Os leões possuem templos e numerosos espaços onde podem perambular; a carne de bois é fornecida para eles diariamente (…) e eles comem ao som de músicas no idoma egípcio", de onde provavelmente o nome grego de Leontópolis para a cidade foi derivado.


Pais

Sekhmet • Bastet  • Ptah

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