Khepri

 



Khepra ou Khepri – Escaravelho - era da classe dos deuses egípcios associados com um animal particular. O nome significa o escaravelho ou aquele que surge. Divindade solar cujo culto menciona-se nos textos das pirâmides.

O escaravelho é um tipo de besouro do esterco comum em todo Egito. O hábito do escaravelho de pôr ovos no esterco animal bem como nos corpos de escaravelhos mortos foi observado pelos egípcios

O chocar subsequente dos ovos de material aparentemente pouco prometedor conduziu os egípcios que associam o escaravelho cá renovação, renascimento e ressurreição.

O hábito do escaravelho enrolar esterco em esferas e empurrar através da terra foi também notado pelos egípcios Antigos. Khepri era frequentemente associado com o Sol e foi concebido como um escaravelho gigantesco que rola o Sol através do céu…

Khepri renova o sol a cada dia, antes de o rolar pelo horizonte e carrega-o com segurança através do outro mundo, após o pôr do sol, para renová-lo no dia seguinte.

O sacerdócio de Heliópolis consagrou-o como deus do sol diurno e venerou-o como sol ao surgir na tripla forma de Khepri-Rá-Áton (raiar, meio-dia, poente).

Nas iconografias aparece em forma humana com o escaravelho situado no lugar de sua cabeça, ou simplesmente como um escaravelho que empurra com as suas patas dianteiras o disco solar através do céu.

O símbolo do escaravelho estava sobre os amuletos e nos selos do rei. Existia um escaravelho do coração que formava parte do vestuário do defunto.

Aquele que em vida trouxesse consigo uma imagem do escaravelho garantia, de certa forma, a persistência no ser e aquele que levasse essa imagem para a tumba tinha certeza de renascer para a vida.

O escaravelho era, assim, o amuleto preferido de vivos e mortos. Os escaravelhos destinados aos mortos têm a sua face inferior tratada com o maior realismo. Geralmente são escaravelhos-corações, amuletos de pedra dura que eram depositados no lugar do coração, no peito da múmia.

Muitas vezes, o escaravelho está incrustado numa moldura retangular, fixada sobre o peito do morto. Tais amuletos foram encontrados também no tórax de certos animais sagrados.

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